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Deuteronomy 32

:
Portuguese - BPT09
1 «Escutem, ó céus, que eu vou falar; ouve, ó terra, as minhas palavras.
2 Que os meus ensinamentos sejam como a chuva e desça como o orvalho a minha palavra, como chuva miúda sobre a erva, como gotas de água sobre as plantas,
3 que eu vou proclamar a glória do Senhor! Cantem a grandeza do nosso Deus!
4 Ele é nosso refúgio e o que ele faz está perfeito, os seus caminhos são a própria justiça. É um Deus fiel e justo em tudo, é honesto e reto.
5 Mas vós, como filhos indignos, e geração pervertida, comportaram-se mal com ele.
6 É assim que queres retribuir ao Senhor, ó povo louco e insensato? Ele é o teu pai e senhor! Foi ele que te deu o ser e a vida.
7 Lembra-te dos tempos antigos, pensa em tudo o que passou. Pede ao teu pai que te informe e aos teus anciãos que te contem.
8 Quando o Altíssimo distribuiu os povos e separou a Humanidade em grupos, fixou as fronteiras para cada um tendo em conta o número dos israelitas.
9 Pois o povo de Israel é propriedade do Senhor, os descendentes de Jacob são sua herança pessoal.
10 Foi encontrá-lo numa região deserta, numa terra árida, cheia de gritos selvagens. Rodeou-o de cuidados e instruiu-o, tratou-o como a menina dos seus olhos.
11 Como a águia vela pelos seus filhos, que estão no ninho esvoaçando sobre eles e abrindo as asas, para os recolher e transportar,
12 assim o Senhor o conduziu sozinho, sem ajuda de nenhum outro deus.
13 Fê-lo conquistar as montanhas e deu-lhe a comer os frutos do campo. Criou-o com mel tirado da rocha e azeite da pedra dura;
14 alimentou-o com manteiga e leite de vacas e ovelhas, com cordeiros gordos, carneiros de Basã e cabritos, com a melhor farinha de trigo, e com o vinho das suas videiras.
15 Mas Jessurun engordou e revoltou-se. Estavas gordo, anafado e bem nutrido! Abandonou a Deus, seu criador e desprezou o seu protetor e salvador.
16 Provocaram os ciúmes do Senhor, seguindo outros deuses, e irritaram-no com coisas abomináveis.
17 Ofereceram sacrifícios e animais a demónios que não são deuses e que eles anteriormente não aceitavam, a divindades arranjadas ultimamente entre os povos vizinhos mas que os vossos pais nunca adoraram.
18 Desprezaste a rocha que te deu à luz, esqueceste o Deus que te trouxe ao mundo.
19 Ao ver isto, o Senhor ficou indignado e irado com os seus filhos e filhas.
20 Chegou a dizer: “Vou deixar de olhar por eles. Quero ver o que lhes vai acontecer. Realmente são gente rebelde, são filhos em quem se não pode confiar.
21 Provocaram-me ciúmes com coisas que não são Deus, irritaram-me com ídolos sem vida. Também eu lhes hei de provocar ciúmes, escolhendo um povo que nem sequer é povo, hei de irritá-los, escolhendo uma nação sem inteligência.
22 A minha ira é um fogo que está a arder e de queimar até às profundezas da terra. de consumir a terra e o que ela produziu e abrasar as montanhas até aos fundamentos.
23 Lançarei contra eles todos os males e atirarei contra eles as minhas setas.
24 Ficarão mortos de fome e consumidos por febres e por epidemias mortais. Enviarei contra eles animais ferozes e serpentes venenosas.
25 Na rua, os seus filhos serão mortos à espada e, em casa, morrerão de angústia, quer se trate de rapazes ou de raparigas, de crianças ou de velhos.
26 Eu tinha a intenção de os destruir, de apagar da terra a sua lembrança,
27 mas quis evitar os insultos do inimigo. Pois os seus adversários diriam orgulhosos: Foi a nossa força enorme e não o Senhor que realizou esta façanha.”
28 São um povo sem entendimento, um povo sem inteligência.
29 Oxalá eles conseguissem entender isto e percebessem o futuro que os espera.
30 Como é que um homem sozinho pode perseguir mil inimigos ou como é que dois podem afugentar dez mil? se o Senhor, o seu protetor, os entregar, e os puser nas suas mãos.
31 Pois sua rocha não é como a nossa rocha e os nossos inimigos são testemunhas disso.
32 São como vinhas de Sodoma, plantadas nos campos de Gomorra. As suas uvas são venenosas e os seus cachos são amargos.
33 O seu vinho é veneno de víboras, um terrível veneno de serpentes.
34 É isto que eu conservo bem guardado e selado como um tesouro.
35 Eu é que hei de tirar vingança e dar a paga, na altura em que os seus pés resvalarem. Está próximo o dia da sua ruína; aproxima-se o fim que lhes está destinado.
36 O Senhor defenderá o seu povo e terá compaixão dos seus servos. Quando ele vir que as suas forças fraquejam e não fracos nem fortes,
37 exclamará: “Onde estão os seus deuses, o rochedo protetor no qual eles confiavam,
38 os deuses que comiam a gordura dos animais sacrificados e bebiam o vinho oferecido nos templos? Que eles venham agora defender-vos e vos ofereçam refúgio.
39 Reparem bem! Eu sou o único Deus e não outro Deus como eu. Tenho o poder de dar a morte e a vida, causo uma ferida e curo-a e ninguém me consegue escapar.
40 Levanto a minha mão e juro pela minha própria vida, que é eterna.
41 Juro que hei de afiar a espada como um relâmpago e hei de impor a minha justiça, para me vingar dos meus inimigos, e pagar àqueles que me odeiam.
42 A minha espada de fartar-se de carne e as minhas setas ficarão saciadas de sangue, sangue dos mortos e dos prisioneiros e das cabeças desgrenhadas do inimigo.”
43 Ó nações estrangeiras, alegrem-se com o seu povo! Ele de vingar a morte dos seus servos, e de tirar vingança dos seus inimigos, mas perdoará à sua terra e ao seu povo.»
44 Moisés tinha-se apresentado diante de todo o povo, juntamente com Josué, filho de Nun, para recitar diante de todos este cântico.
45 Depois de ter acabado de o recitar
46 disse-lhes: «Prestem bem atenção a todas as palavras que hoje vos dirigi e deem ordens aos vossos filhos para cumprirem todos os mandamentos desta lei.
47 Não se trata de uma coisa sem interesse para vós, mas, trata-se da vossa própria vida. Desta maneira, terão uma longa vida na terra que vão receber em propriedade, depois de atravessarem o Jordão.»
48 Naquele mesmo dia, o Senhor voltou a falar a Moisés e disse-lhe:
49 «Vai às montanhas de Abarim e sobe ao monte Nebo, que está na região de Moab, em frente de Jericó, para veres a terra de Canaã, que eu vou dar aos filhos de Israel como propriedade sua.
50 Sobre essa montanha, aonde vais subir, tu hás de morrer, juntando-te aos teus antepassados, da mesma maneira que morreu Aarão, teu irmão, no monte Hor, tendo ido juntar-se aos seus antepassados.
51 Isto acontece assim, porque foram ambos infiéis para comigo diante do povo de Israel, aquando dos acontecimentos de Meriba de Cadés, no deserto de Sin, e não me honraram diante dos israelitas.
52 Por isso, podes ver a terra, que eu vou dar aos israelitas, mas não poderás entrar.»